Quem sou eu
Quem sou eu no palco dos sonhos,
ou no retrato da realidade?
Paixões são como a chuva
que vem, e depois se vai,
mas não dá pra negar sua capacidade...
Segue o poeta
no caminho mais acertado;
mas caminhos têm encruzilhadas
e às vezes a chuva vence o telhado...
Jardins de cactos
são muito belos à distância;
e para quem ama
a diferença entre mergulhar num lago, ou num oceano,
não tem assim, tanta importância...
Quem sou eu
no palco dos sonhos,
ou na poesia que nunca completei?
As estrofes até que dão certo,
mas das rimas já nem sei...
Hoje quero,
só mesmo um tabernáculo na roça
viver sem medo da solidão
pra ir à vila em noite de seresta,
e poder escolher entre o destino e o coração...
Enfim, o tempo ensina mas maltrata
porque não tem emoção;
e quem sentiu ao menos uma vez
o frio das madrugadas,
dá um valor imenso a um simples edredom.
Composição: 08/ 06/ 2010
BIBLIOTECA NACIONAL
Registro: 729.139
Livro: 1.411
Folha: 300